HISTÓRIA Nº. 32
Aquele grito…
Não, nunca foi
de confusões. Desde criança que vive a sua vida sem grandes companhias. Foi
sempre assim. Vida que não escolheu (haverá quem o faça?...), mas à qual se
entregou sem reservas. Sem queixumes. Apaixonada e dedicadamente. Sempre. Em tudo o que fez. Até “mais do que prometia a força humana”, perdoe-me
o inefável Camões a referência. Num estilo de vida mais ou menos contido. Sem
grande “barulho” … Cansado, o Alemão
confere hoje tudo isto e percebe o que está a acontecer. Não estranha, por isso, o crescente aumento do
espaço que o distancia do resto, ou isola (!?...), cada vez mais…
Na adolescência “alguém” profetizou acerca do seu matrimónio. Um quadro idílico: os noivos sentados num banco de jardim e crianças
brincando-correndo em volta, felizes. Alguns dirão:” profecia de resultado quase garantido! Alegria e felicidade normais na
relação pais-filhos”. Seja, mas aconteceu! E aconteceu muito mais: depois
dos filhos, os netos, lindos netos! Todavia, a beleza daquele quadro não beliscou a sua dedicação. A propósito,
há muitos anos, recorda o Alemão o
grito do filho mais velho, na altura o único, pedindo: “Pai, fica em casa hoje…”. O Alemão
não ficou porque não podia…
O olhar que o Alemão lança sobre o mundo de hoje não é de
grande apreço. Pelo contrário. Em sua opinião,
o mundo está pobre e caminha para a miséria. Os valores eminentemente humanos
escasseiam, por mais que proclamem a sua existência. Promessas e mais promessas. Há quem chame a isto evolução, mudança. E quem
não o perceber e acompanhar, diz-se, perderá a carruagem do futuro já em andamento.
O Alemão está a ficar para trás!...
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