domingo, 10 de junho de 2018






HISTÓRIA Nº. 30



O Futuro…



Olhar o Futuro. Teses e mais teses. Estudos e mais estudos. Previsões a curto e a longo prazo. Certezas, até!... Irritantes discussões onde, amiúde, o tom de voz denuncia a existência de ódios entre os contendores. Preocupados com o futuro dos outros ou com as suas próprias intenções de futuro… a pensar em si mesmos? Diz-se, “da discussão nasce a luz” … Mas quanta escuridão! Horas e horas a fio, debates (ou combates…) repetidos até à exaustão. Visões próximas, visões antagónicas. Todas egoístas. Assim, até o próprio Futuro tem dúvidas. Pobre amanhã!...


O Alemão, viciado em jornais (quase 40 anos de trabalho nesse sector), cansou-se de os ler. Já aposentado, continuava a comprá-los diariamente. Até que, não vai há muito, deixou de o fazer. E não lhes sente a falta. Os conteúdos, mais do que nunca, servem tendências-clientelas e resultam de censuráveis interesses pessoais. Raramente esclarecem com honestidade. Antes pelo contrário. Que estranhíssima legitimidade lhes autoriza tamanha proclamação das suas próprias verdades relativamente ao Futuro?...


O Alemão desconfia da sinceridade de tanta discussão. Parece-lhe mais uma feira de vaidades em que cada um procura mostrar-se mais entendido do que os outros na fundamentação e construção das suas previsões. O Futuro é o momento seguinte dos vivos. De todos os vivos!... Como alguém disse: “o Futuro sempre está começando agora!”. E desse momento sempre a começar quem cuida? Os iluminados? Os pseudo - preocupados com a humanidade?


“Não vos inquietais, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mateus, 6-34). Há cerca de dois mil anos atrás já “Alguém” sabia do que falava relativamente ao Futuro!...






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