HISTÓRIA
Nº. 122
O
Bem e o Mal…
“Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não
parecerem o que não são.”
- William Shakespeare
O
jogo cauteloso das palavras, atenuador da dureza dirigida a uma das posturas humanas
mais usadas e criticadas atualmente: a dissimulação. O distinto escritor
inglês aponta o caminho da verdade, da autenticidade. Até o Alemão que,
sem reservas, subscreve a introdução acima, procura as melhores palavras quando da adjetivação, felizmente não generalizável, dos sentimentos que prejudicam a
vida em sociedade, sobretudo ao nível das boas relações que se esperam
duradouras.
Diz
o nosso povo, num dos seus adágios mais antigos, que “nem tudo o que reluz é
ouro”. Mas a verdade é que, lamentavelmente, o brilho sedutor da aparência
fascina a alma mais pura e simples. E uma mentira bem contada e inúmeras vezes
repetida consegue ganhar foros de verdade! Um sorriso, uma palavra, ou um gesto
inautênticos, hipócritas até, alcançam facilmente estatuto de sinceridade
inatacável.
Como
alguém disse, “a verdade sempre aparece, pois é uma das regras fundamentais
do tempo.” Impressionante como o
tempo acaba por revelar a verdade dos sentimentos declarados: tantos se
apresentam nobres sem o ser; tantos são tidos como falsos sendo verdadeiros. Quando
assumida, a virtuosa paciência, nem sempre compreendida por ser controladora de
desesperos e travão de precipitações, nunca vê frustrada a sua resistência. Pode
questionar-se se vale a pena aguardar, muito ou pouco, mas os valores
resultantes da espera serão sempre compensadores: pelo menos, o triunfo do
certo sobre o errado, do verdadeiro sobre o falso!...
Discernir
entre o bem e o mal, o desafio instante nestes tempos tão perturbadores!...
“A sociedade vive num sistema hipócrita. Todos querem
sinceridade, mas ninguém luta por isso.”
- Tatiana Moreira Alvarez
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