sexta-feira, 23 de agosto de 2024



HISTÓRIA Nº. 123

 


O silêncio é uma confissão…

 


“Eu sou antes, eu sou sempre, eu sou nunca. E o que me espera é exatamente o inesperado. O que saberás de mim é a sombra da flecha que se fincou no alvo. Pois há segredos que eu não conto nem a mim mesma. O silêncio que trago em mim é a resposta ao meu mistério.”

- Clarice Lispector

 


“Não sei se sou extremamente sensível ou a vida é insuportável”, disse Vicent van Gogh, célebre pintor holandês do século XIX.  O Alemão, mais do que nunca, revê-se nesta expressão que leu hoje por mero acaso. Vive no meio dos seus silêncios, poupado nas palavras que nunca se permite, apoiado numa mudez preventiva, intencionalmente cautelosa. Gasta os dias no seu mundo com muitos anos e que lhe custou imenso a construir. Mas, apesar da prudência nos seus passos, não deixa de perceber incursões subtis, por caminhos de aparente bondade, à procura de mistérios que são só seus, unicamente seus. É o outro mundo, que o Alemão procura manter distante do seu, a movimentar-se em sua direção!...

 

No dizer de Camilo Castelo Branco “o silêncio é uma confissão”. Parece ter razão! Por isso, talvez, a manifestação de tanta criatividade nas deduções feitas pelos mais compulsivos curiosos, para lhes não chamar outra coisa… O Alemão precisa de paz!

 

E para não desiludir o esforço dos preocupados, mesmo dos sinceros, deixo-vos de seguida a confissão que explica, exatamente um mês depois de tanto silêncio, a razão de por aqui ter passado neste fim de tarde da penúltima sexta-feira de Agosto de 2024:

 

“Hoje a carência é minha.

Posso te contar um segredo?

Na verdade, uma confissão…

Senti saudades!”

                                                                                                                                                    - Torresjeh



 

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