HISTÓRIA Nº. 123
O silêncio é uma
confissão…
“Eu sou antes, eu
sou sempre, eu sou nunca. E o que me espera é exatamente o inesperado. O que
saberás de mim é a sombra da flecha que se fincou no alvo. Pois há segredos que
eu não conto nem a mim mesma. O silêncio que trago em mim é a resposta ao meu
mistério.”
- Clarice
Lispector
“Não sei se sou
extremamente sensível ou a vida é insuportável”, disse Vicent van Gogh,
célebre pintor holandês do século XIX. O
Alemão, mais do que nunca, revê-se nesta expressão que leu hoje por mero
acaso. Vive no meio dos seus silêncios, poupado nas palavras que nunca se
permite, apoiado numa mudez preventiva, intencionalmente cautelosa. Gasta os
dias no seu mundo com muitos anos e que lhe custou imenso a
construir. Mas, apesar da prudência nos seus passos, não deixa de perceber incursões
subtis, por caminhos de aparente bondade, à procura de mistérios que são
só seus, unicamente seus. É o outro mundo, que o Alemão procura
manter distante do seu, a movimentar-se em sua direção!...
No dizer de Camilo
Castelo Branco “o silêncio é uma confissão”. Parece ter razão! Por isso, talvez, a manifestação de tanta criatividade nas deduções feitas pelos
mais compulsivos curiosos, para lhes não chamar outra coisa… O Alemão
precisa de paz!
E para não desiludir o
esforço dos preocupados, mesmo dos sinceros, deixo-vos de seguida a confissão
que explica, exatamente um mês depois de tanto silêncio, a razão de por
aqui ter passado neste fim de tarde da penúltima sexta-feira de Agosto de 2024:
“Hoje a carência
é minha.
Posso te contar
um segredo?
Na verdade, uma
confissão…
Senti saudades!”
- Torresjeh
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