HISTÓRIA Nº. 115
“Extraviou-se
por desfiladeiros de neblina, por tempos reservados ao esquecimento, por
labirintos de desilusão.”
- Gabriel
Garcia Marquez, in Cem Anos de Solidão
Olhares muito curiosos procuram-no. Um recente desaparecimento
intriga e suscita alguma natural especulação que, nem de perto nem de longe, descobre as razões da postura assumida. “Desfiladeiros de neblina, tempos reservados
ao esquecimento, labirintos de desilusão”, escondem-no nos caminhos que
percorre sem parar, nos quais exercita a paciência acumulada ao longo dos anos
e lhe acrescenta um pouco mais a medida. “O tempo e a paciência são dois
eternos beligerantes” - Leon Tolstói.
O Alemão não desapareceu, anda
por aí. Calcorreia os caminhos da sua história, consome o tempo acompanhado das
recordações que resgata ao adormecimento definitivo e que reaviva
para sua satisfação. São lugares que só ele conhece e que, como sempre, visita
sozinho. Lembranças que só ele sabe como e onde as conserva e preserva,
longe da curiosidade alheia. Interessante é que, alguns dos personagens, ainda
vivos, só desta forma os reencontra…
Pacientemente, suporta com um sorriso que lhe chamem
saudosista pela sublimação que faz daqueles tempos, dos bons tempos. Pessimista,
é outro adjetivo com que o definem. Indiferente a essas qualificações e classificações
concetuais, continuará a elevar bem alto o que o marcou indelevelmente. O Amanhã ainda tem muito a provar e o Hoje está à vista de todos!...
Já agora, com um abraço sentido, do Alemão
para os amigos: “Paciência não é passiva; pelo contrário, é ativa. É força
concentrada.”
- Edward G. Bulwer-Lytton
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