HISTÓRIA Nº. 77
Pelos
empedrados da vida…
“Porque
andei sempre pelos meus pés doeu-me às vezes viver” (Mia Couto).
Até quando?!
Passo a passo, lentamente, abúlico ou indiferente,
distraído até, o Alemão sobrevive caminhando pelos empedrados da vida sobre
os quais vai deixando o que lhe resta da sua energia. Por vezes, em raros
momentos de atenção, ainda capta alguns movimentos dos atuais influencers
e inteligentes deste mundo: apontam para generosos propósitos – solidariedade,
por exemplo, mas percebe-se a acentuação de caminhos opostos: o egoísmo e a
separação entre os homens.
A longa ausência
deste reduto-pesqueiro sagrado (Faneca da Pedra) para onde, de vez em
quando, convoca os seus amigos-leitores, explica-a o Alemão pela inexistência
de palavras ou pelo excesso delas face aos surpreendentes acontecimentos
dos últimos tempos. A consciência pesa e avalia; a sensatez decide pelo
resultado. “Não digas nada! Nem mesmo a verdade, Há tanta suavidade em
nada se dizer, E tudo se entender (Fernando Pessoa) …”
O assumido
recolhimento do Alemão aguçou-lhe o lado observador que lhe faltou em
muitos momentos da vida e que agora desaproveita. Porque é tarde!... Foi-se a
vivacidade de outros tempos. Esgotou-se o ânimo que lhe agitava a vida. Uma
estranha e pesada atmosfera empesta o ar tornando-o quase irrespirável. Indefiníveis
e muito perturbadores sentimentos assumiram o protagonismo no mundo, no nosso mundo…
Quando uma pessoa encontra neste mundo o propósito Universal, decepções e desânimo são ferramentas que Deus utiliza para mostrar o caminho.
ResponderEliminar"No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo." Jesus Cristo
Forte abraço meu amigo