sábado, 29 de fevereiro de 2020




HISTÓRIA Nº. 62


Os labirintos da Vida.


Ninguém paga para entrar nem para sair. O preço a pagar vai aparecendo diluído ao longo do percurso. Modo prestacional e em qualquer moeda, segundo uma tabela cujos critérios de elaboração alguém domina. Nos avanços pelo que parece ser o bom caminho de saída… e nos recuos para recomposição da direção que se presume certa. Na hora do pânico porque a ansiedade atinge os seus limites. Na ausência de companhia capaz de tranquilizar e devolver o equilíbrio emocional. Na assustadora perceção de que não há ninguém por perto para ajudar. No reconhecimento, afinal, de que a construção do dia a dia nem sempre é fácil. Por vezes cria um indesmontável intrincado de dificuldades que envergonha, porque incapazes, os que se acham especialistas em resoluções lineares de todos os desafios.  


O Alemão lembra-se de alguns labirintos de jardim que existiam na sua infância. Na Cordoaria, por exemplo, e, sobretudo, nos Jardins do Palácio de Cristal. Sempre sozinho, experimentou-os a todos. Mas não gostou. Sensação inexplicável! A saída, meu Deus, como demorava a encontrá-la! Como respirava de alívio perante a libertação! Diversão muito adulta, demasiado profética…


Não podendo fugir-lhes, aos labirintos que não controla, o Alemão tem procurado o Guia que o isente dos preços definidos pela Tabela da Vida, ou lhe conceda algum desconto…   Assim como assim, “o caminho que você tem pela frente é mais importante do que aquele que você deixou para trás” – desconhece o autor (mensagem recebida hoje).




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