HISTÓRIA Nº. 61
“O
escritor escreve para tentar explicar a si mesmo o que está além da sua
compreensão”, Gabriel García Márquez.
Também o Alemão
escreve para si mesmo, desde a adolescência. Textos muito simples,
despretensiosos. Enigmáticos, por vezes. “Estados de alma”, como uma amiga lhes
chamou. Pedaços de sentimentos diversos, normalmente tristes, que a vida não
está para alegrias. Retalhos incolores de
uma manta que o cobre e que continua a crescer: deceções, enganos, frustrações, desilusões, expetativas
malogradas….
O Alemão
desenha por palavras para melhor se observar. Expõe para melhor se entender.
Mas expõe apenas para si… Não se arruma em nenhum estilo convencional. Nem
isso o preocupa. É um desalinhado quanto a algum tipo de qualificações. Procura
seguir apenas o Modelo que escolheu ainda criança… Aquele que é verdadeiramente
o único Modelo!
Entusiasmada e
proliferando como nunca, a mensagem imparável do “salve-se quem puder” a
fazer colapsar irremediavelmente a sociedade enquanto tal pela ausência de valores essenciais ao
relacionamento humano. Visão pessimista sobre o mundo e uma persistente “dor
que desatina sem doer” – Camões perdoe a citação!...
O Alemão escreveu
para si mesmo…
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