quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020






HISTÓRIA Nº. 61



“O escritor escreve para tentar explicar a si mesmo o que está além da sua compreensão”, Gabriel García Márquez.


Também o Alemão escreve para si mesmo, desde a adolescência. Textos muito simples, despretensiosos. Enigmáticos, por vezes. “Estados de alma”, como uma amiga lhes chamou. Pedaços de sentimentos diversos, normalmente tristes, que a vida não está para alegrias.  Retalhos incolores de uma manta que o cobre e que continua a crescer:  deceções, enganos, frustrações, desilusões, expetativas malogradas….


O Alemão desenha por palavras para melhor se observar. Expõe para melhor se entender. Mas expõe apenas para si…   Não se arruma em nenhum estilo convencional. Nem isso o preocupa. É um desalinhado quanto a algum tipo de qualificações. Procura seguir apenas o Modelo que escolheu ainda criança… Aquele que é verdadeiramente o único Modelo!


Entusiasmada e proliferando como nunca, a mensagem imparável do “salve-se quem puder” a fazer colapsar irremediavelmente a sociedade enquanto tal pela ausência de valores essenciais ao relacionamento humano. Visão pessimista sobre o mundo e uma persistente “dor que desatina sem doer” – Camões perdoe a citação!...


O Alemão escreveu para si mesmo…




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