HISTÓRIA Nº.
74
Há dias
assim!...
Não é necessário
que lho digam duas vezes: uma ainda chega. Nem que lho insinuem duas vezes: uma
ainda chega, também. Desde sempre percebeu quando a sua presença era ou não desejada.
Não, não é dom, é fruto da observação do descarado ridículo a que o chico-espertismo
face aos outros sujeita os seus praticantes. Ao que o mundo, o nosso mundo,
chegou! O Alemão realiza-se no caminho que escolheu desde a infância e
que ainda hoje funciona como a sua defesa mais avançada: só, sem estar em
solidão. O melhor caminho para quem ama a paz!
A
disponibilidade do Alemão terá sido, muitas vezes, confundida com
interesses duvidosos. Confusões maldosas! Dezenas de anos a enfrentar e a
superar obstáculos: uns naturais, outros criados dolosamente. Na infância, a
inocência deu-lhe pequenas asas; na adolescência, a imaturidade deu-lhe alguma
ousadia; na fase adulta, a experiência deu-lhe, até ao momento, um pouco de
sabedoria.
Hoje, e sem
saber porquê, o Alemão lembrou-se do dia em que, à porta do Liceu que
frequentava (há muitos anos!...), percebeu que era um menino só… Durou
pouco tempo essa sensação. Minutos depois, Alguém lhe dizia: “Eu sou
o Teu Pai!...” Os amigos e habituais
leitores dos seus desabafos conhecem bem esta parte da sua já extensa história.
Surpreendentemente, ou talvez não, enquanto revisitava este momento, caiu uma
mensagem de um amigo de longe e de longa data. Dizia:” deixo-lhe um abraço;
senti saudades de si”. Afinal, só, mas não em solidão!
Há dias assim!.
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