terça-feira, 9 de novembro de 2021

 


HISTÓRIA Nº. 74

 

Há dias assim!...

 

Não é necessário que lho digam duas vezes: uma ainda chega. Nem que lho insinuem duas vezes: uma ainda chega, também. Desde sempre percebeu quando a sua presença era ou não desejada. Não, não é dom, é fruto da observação do descarado ridículo a que o chico-espertismo face aos outros sujeita os seus praticantes. Ao que o mundo, o nosso mundo, chegou! O Alemão realiza-se no caminho que escolheu desde a infância e que ainda hoje funciona como a sua defesa mais avançada: só, sem estar em solidão. O melhor caminho para quem ama a paz!

 

A disponibilidade do Alemão terá sido, muitas vezes, confundida com interesses duvidosos. Confusões maldosas! Dezenas de anos a enfrentar e a superar obstáculos: uns naturais, outros criados dolosamente. Na infância, a inocência deu-lhe pequenas asas; na adolescência, a imaturidade deu-lhe alguma ousadia; na fase adulta, a experiência deu-lhe, até ao momento, um pouco de sabedoria.  

 

Hoje, e sem saber porquê, o Alemão lembrou-se do dia em que, à porta do Liceu que frequentava (há muitos anos!...), percebeu que era um menino só… Durou pouco tempo essa sensação. Minutos depois, Alguém lhe dizia: “Eu sou o Teu Pai!...”  Os amigos e habituais leitores dos seus desabafos conhecem bem esta parte da sua já extensa história. Surpreendentemente, ou talvez não, enquanto revisitava este momento, caiu uma mensagem de um amigo de longe e de longa data. Dizia:” deixo-lhe um abraço; senti saudades de si”. Afinal, só, mas não em solidão!

 

Há dias assim!. 




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