HISTÓRIA Nº. 71
Hoje não encontrei as palavras…
A adolescência foi dura. Tantas vezes
lutou até à exaustão, procurando corresponder o melhor que podia e sabia ao que
amou talvez muito precocemente. Por necessidade, cedo procurou aprender com os homens
o que acabou por ser a própria vida e o seu esforço a ensinar-lhe. Impuseram-lhe,
anos a fio, caminhos e decisões: sem escolha. À pergunta “porque é assim?”,
a invariável resposta “é assim, porque é assim!”. Adotando um aparente conformismo, que
curiosamente sempre interpretaram como medo, o Alemão lá foi vencendo os
seus dias, procurando em inúmeras madrugadas descobrir o porquê das tarefas que
executava por rotina e que ninguém tinha disponibilidade para lhe explicar.
Porque seria? Mas a sua discreta teimosia levou-o, muitas vezes, ao encontro do
que pretendia saber. Parecendo frágil, reconhece e louva a existência de uma
força invisível que o ajudou a romper inúmeras dificuldades que lhe enevoaram muitos dos anos da sua existência. Obstáculos expetáveis; outros nem tanto!…
Sozinho aprendeu muito, apesar do preço
que pagou. Empurraram-no para a solidão que acabou por interiorizar e que se
tornou numa normal forma de estar na vida. Quase insociável, fala pouco e
opiniões há muito que não as emite. As últimas confirmaram-lhe a ideia que
sempre teve de que, à sua volta, ou não as ouviam ou então ignoravam-nas.
Provavelmente, o Alemão não terá tido uma única razão que outras razões aceitassem…
Como na adolescência, há situações
que vive e cumpre no presente sem as compreender: rotinas. Agora, sem o ânimo de outrora para novas
madrugadas, o Alemão apenas observa. É tarde, passou muito tempo!...
O alemão ainda tem muitas madrugadas,se hoje não tem o ânimo de outrora fruto das sucessivas batalhas contra o mal, oraremos para que o Senhor lhe restitua esse ânimo e lhe dedê muitas vitórias ��
ResponderEliminarO Alemão terá sempre o apoio incondicional por todos aqueles que se reveem neste texto mas DEUS sempre o ajudará
ResponderEliminarViver na solidão pode não ser um defeito mas sim uma virtude.
ResponderEliminarQuem consegue viver na solidão consegue viver com o mundo, mas quem vive para o mundo não consegue viver na solidão.
Consegue estar presente sem pertubar o outro,mas consegue inquietar o atento, o observador que pretende conhecer e saber daquele que vive na solidão.