segunda-feira, 5 de outubro de 2020


HISTÓRIA Nº. 67

 

Longas caminhadas…

 

Caminha pensativo pelas trilhas da vida. Sozinho, como sempre. Hábito adquirido desde a infância. Percorre montes e vales. Cumpre longas caminhadas por veredas estranhamente desertas. Sem se cruzar com ninguém. Aliás, sem viva alma por perto. “Para onde foram todos?”, pergunta-se. “Que tipo de diáspora aconteceu?”, gostaria de perceber. Preocupante vazio, angustiante desolação…

 

Severamente atingidos por interesses que se alevantaram mais alto, os valores humanos têm conhecido golpes violentos, duríssimos, de recuperação difícil ou impossível. O Alemão já viveu tempo suficiente para o confirmar. E basta-lhe olhar em volta para não ter dúvidas. Lamentavelmente, os profetas da desgraça não falharam nas suas previsões. Na verdade, o Mundo mudou.

 

O comodismo desenhou novas formas de relacionamento humano. A solidariedade, tantas vezes invocada e sublimada em inflamados discursos, alguns de duvidosas intenções, já teve o seu tempo de glória. O respeito, que alguns desatualizados exigem e por ele tantas vezes ainda reclamam, caiu em desuso.  Já não há sorrisos. A civilidade e o bom trato, marcas de uma época não muito distante, esgotaram-se completamente, substituídas por uma irritante e insuportável agressividade. Será agora o tempo pleno do egoísmo, do salve-se quem puder? O Alemão não arrisca respostas. Pergunta, apenas, em função do que observa.

 

As últimas caminhadas têm sido muito longas, até penosas. O Alemão está indisfarçavelmente cansado... 


 

2 comentários:

  1. Sim meu bom amigo, as pessoas tendem a afastastarem-se uns dos outros, mas temos que contrariar essa tendência com a ajuda do Bom Deus, e quando diz que caminha sozinho, desculpe mas não, tem sempre ao seu lado a proteção Divina, ai se assim nao fosse...

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