HISTÓRIA Nº.
67
Longas
caminhadas…
Caminha pensativo
pelas trilhas da vida. Sozinho, como sempre. Hábito adquirido desde a infância.
Percorre montes e vales. Cumpre longas caminhadas por veredas estranhamente desertas.
Sem se cruzar com ninguém. Aliás, sem viva alma por perto. “Para onde foram
todos?”, pergunta-se. “Que tipo de diáspora aconteceu?”, gostaria de
perceber. Preocupante vazio, angustiante desolação…
Severamente
atingidos por interesses que se alevantaram mais alto, os valores humanos têm
conhecido golpes violentos, duríssimos, de recuperação difícil ou impossível. O
Alemão já viveu tempo suficiente para o confirmar. E basta-lhe olhar em
volta para não ter dúvidas. Lamentavelmente, os profetas da desgraça não
falharam nas suas previsões. Na verdade, o Mundo mudou.
O comodismo desenhou
novas formas de relacionamento humano. A solidariedade, tantas vezes invocada e
sublimada em inflamados discursos, alguns de duvidosas intenções, já teve o seu
tempo de glória. O respeito, que alguns desatualizados exigem e por ele
tantas vezes ainda reclamam, caiu em desuso. Já não há sorrisos. A civilidade e o bom
trato, marcas de uma época não muito distante, esgotaram-se completamente,
substituídas por uma irritante e insuportável agressividade. Será agora o tempo pleno do
egoísmo, do salve-se quem puder? O Alemão não arrisca respostas.
Pergunta, apenas, em função do que observa.
As últimas caminhadas têm sido muito longas, até penosas. O Alemão está indisfarçavelmente cansado...
Sim meu bom amigo, as pessoas tendem a afastastarem-se uns dos outros, mas temos que contrariar essa tendência com a ajuda do Bom Deus, e quando diz que caminha sozinho, desculpe mas não, tem sempre ao seu lado a proteção Divina, ai se assim nao fosse...
ResponderEliminarA das mura verdade.Abraço sincero
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