HISTÓRIA Nº. 53
Verdade seja dita…
“Vento que passas, leva-me
contigo. Sou poeira também, folha de outono” Miguel Torga, in Diário V
Agora mesmo, e a
respeito do trecho acima transcrito, o amigo Herculano lhe escreveu: “O cair
das folhas… será sinal de decadência? Para uns, beleza. Para outros, tristeza”.
Palavras que surpreenderam o Alemão no meio de uns quantos pensamentos…
Verdade seja
dita: nunca ninguém lho exigiu. Nem pretende aqui qualquer justificação. Dividiu-se
muitas e muitas vezes. Desde a adolescência. Ao longo dos anos. O quase dom
da ubiquidade que em tantas ocasiões a muitos surpreendeu fê-lo chegar, quase
simultaneamente, a inúmeras pessoas e a terras tão diversas. Perto e longe. Sem
reservas, sem escolhas, sem negações, sem paragens, sem queixas. Sobretudo, com
alegria. Percorreu a vida vigorosamente. Até aqui…
Chegou, porém, a um insuportável cansaço. Cansaço que a perda normal de alguma energia consumida
pela idade não explica. Pelo menos não o convenceu, ainda. O Alemão olha
à sua volta e questiona: o que tem acontecido na chamada dinâmica da vida em
movimento? Inevitáveis mudanças, naturalmente. Porém, na maioria dos casos,
tudo tão fantasioso, tão ilusório, para lhe não chamar algo bem pior. O mundo
artificializou-se. O verdadeiro, o autêntico, deixou de ser suficiente, provocando
uma inquietação que já ninguém consegue controlar.
E tudo isto
cansa, ou também cansa, atingindo novos e velhos, que alguma vez na vida
ouviram e amaram a mensagem que ainda hoje lhes disciplina a existência:
“A minha graça te basta!...”, disse Deus.
"Tudo posso naquele que me fortalece"
ResponderEliminarRespeitoso beijinho.
Querido "Alemão", não quero apenas confortá-lo, mas tentando-o, queria transmitir-lhe que ainda chega a muitos. Sabemos quem é o Modelo, estou certo quem É,no entanto, ELE mesmo deu-nos referências importantes que devemos seguir pelos seus bons exemplos. Cresci ao "colo" de um homem que, por acaso, tinha o mesmo nome que eu "José", tinha sempre um castigo para mim "Se não comeres a sopa, vais descalço para a cama". Boa referência, entre outras, que foram desaparecendo sem pedir permissão, sem se despedirem , sem deixarem o ultimo conselho, o "Alemão" é uma referência viva que nós queremos ter no nosso meio muito mais tempo, sentindo o calor do seu sorriso simples, mas muito importante, do abraço que para além do nosso corpo alcança e conforta a alma. Querido "Alemão", ainda chega muito longe!!! Abraço de um Amigo.
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