HISTÓRIA Nº. 37
A débacle…
Sensatez,
moderação, solidariedade, respeito pelo próximo. Aplicações humanas desprezadas por quem só pressagia glórias para
si. Já poucos as usam. Por inutilidade. Diz-se que os valores destes tempos são
outros. Estultos e egoísticos suportes sustentam ambições cegas, por isso
desmedidas, e cuja bondade justificam como sendo o conforto de realizações
pessoais. Das suas. Justas glórias, apregoam. E que uma vez alcançadas
alavancam outras, e outras, e outras, a ponto destas se prejudicarem entre si
no prazer pessoal que libertam. O desaproveitamento da fartura!... O açambarcamento
de glórias ou alegrias não permitidas a outros que, a seu juízo, não as saberiam
valorizar!... Uma espécie de “cada um é
para o que nasce”, sentenciam.
Alguém disse um
dia que “os egoístas não sabem conversar;
só falam de si próprios”. Em todas as áreas da vida, lamentavelmente. O
mundo transformou-se num imenso palco onde desfilam sempre os mesmos atores, debitando
repetidamente os mesmos discursos. A turba que assiste é o eterno figurante sem
voz, sem força e sem presença…. Apenas com aplauso.
Nos últimos
anos, o mundo sofreu uma guinada brusca na sua orientação, tendo mudado
notoriamente a sua direção. Desvio que parece perigoso. Para onde vai, o Alemão não sabe, mas desconfia que seja
uma direção definitiva e sem possibilidade de retorno. “Está instalado no quotidiano mais básico de qualquer ponto do globo um
modelo de vale-tudo cada vez mais acentuado”, escrevia-lhe, há dias, o seu amigo
Daniel. Melhor explicação?!...
A
desumanização anda por aí!...
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