HISTÓRIA Nº. 93
O que fizeram do homem, da vida, do mundo?...
Palavras que ninguém ouve porque não as
diz. Gestos que ninguém vê porque não os faz. Olhares que ninguém interpreta
porque são vazios. Ausência de expressão, a invisibilidade possível. Imobilismo
que contraria a vida. Um manto de aparente quietude cobre os caminhos que já não
percorre. Excesso de paz que não tranquiliza, sossego agitado, como quem dorme
e não repousa. Nada acontece!
Sucedem-se os dias sem que deles
espere o que já não sonha. Sempre que o fez, sem a presença de pesadelos, reuniu
material que lhe permitiu antecipar um futuro que afinal não chegou. Em seu
lugar veio outro, o que não projetou… Ao contrário do que alguém disse, o
sonho não comanda a vida!
No tempo em que se atreveu a ter voz não
foi ouvido. Era previsível o aparecimento de encruzilhadas a dificultar escolhas...,
felizmente, até hoje, por indicações superiores, acertadas. Mas mais dificuldades
surgirão. O resto (que resto?!...) do caminho, cuja estreiteza se acentua cada
vez mais à medida que nele se avança, prenuncia exigências de firmeza e de fé como
garantias de superação.
O que fizeram do homem, da vida, do
mundo? “O mundo já caiu, só me resta dançar sobre os destroços” –
(Clarice Lispector).
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