HISTÓRIA Nº. 85
“Digo-vos
que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor
que aparece por um pouco e depois se desvanece.
Tiago,
4-14”
Inúteis, para
muitos. Poucos as leem. As “nossas” memórias vão-se desvanecendo como se a
tinta da pena que as escreveu perdesse a cor passados tantos anos. As boas e as
más, conjunto de valiosíssimos registos que se apagam ingloriamente. Livro já
não procurado, páginas e páginas repletas de textos compostos por palavras que
se encavalitavam em busca de um qualquer espaço que as eternizasse e que já
ninguém considera. De repente, um estranho e doloroso vazio. O apagamento de
tanta riqueza acumulada, a desvalorização. O livro-diário do tempo, que chegou
a ter honras de documento pessoal e intransmissível, volta a ter as suas
páginas vazias. Quem as reescreverá?...
Os “novos tempos”
não concedem nem grande tempo nem grande espaço para a meditação e para a
conservação do passado, sobretudo o de maior significado na formação de cada
ser. O “Alemão” compreende, mas lamenta tristemente! Não, não é
saudosismo doentio despertado pelo cinzentismo invernoso do dia de hoje, é sim o
resultado de perceber que a cada dia mais se perde de vista o alicerce sobre o
qual se foi construindo a habitação de uma vida, o ser. Quem não lembra,
esquece!...
Quem conhece o “Alemão”
e às subtilezas das suas despretensiosas prosas, sabe que encontrará neste
simples texto a mensagem reveladora do quanto ele quer bem aos seus amigos, a
todos os seus amigos.
Sejam
felizes!...
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