HISTÓRIA Nº.
66
Há uma Voz
que fala sem palavras…
Tanto por dizer!
Quantas palavras escravas de um silêncio que quase já não as comporta e não
usadas na esperança de que, em breve, percam a força e deixem de ter sentido. O
tempo acomoda e normalmente enfraquece a oportunidade. Diz-se, a certa altura: “já
não vale a pena…” E a vida vai andando, os dias, os meses, os anos, e o
egoísmo acentua-se apesar do pregão tão repetido apelando à solidariedade.
Todos falam até do que não sabem. Sobretudo do que não sabem. Todos não,
perdoem, que a sensatez de muitos ainda lhes controla o verbo.
Ver e não ver,
ouvir e não ouvir, percebendo tudo… é desgastante, cansa muito. Daí a procura
da paz, nem que isso implique caros sacrifícios oferecidos no altar da solidão.
Os homens cada vez se afastam mais, numa altura em que deveriam estar cada vez
mais perto…
O Alemão
continua a fazer longas caminhadas. Que ninguém lhe recomendou, mas que gosta
de cumprir. Entre o seu presente e o seu passado. Num vai e vem constante,
percorre quilómetros e quilómetros de fazer inveja a um qualquer maratonista. Preso
a tão bafientas recordações? Não, claro que não, embora o critiquem dizendo-lhe que
a “vida é agora”. Mas, na verdade, é deambulando pelo passado que tem descoberto
direção nestes tempos que muitos qualificam como sendo de mudança…. só que
ninguém sabe do quê e nem para onde. Encontros com a memória sem dúvida
decisivos em muitas das suas opções. Reconhece que os mais sábios conselhos,
que ainda hoje observa, recebeu-os nesse criticado passado…
… e de uma Voz que fala sem palavras…
A voz que fala sem palavras é uma voz que se faz ouvir sem ouvidos... É a voz de Deus que nunca usou os canais esperados...
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