domingo, 25 de novembro de 2018











HISTÓRIA Nº. 38



Para onde caminha o mundo?...



Os olhos estão cheios de palavras que a boca já não consegue pronunciar. Perdeu a fala. Talvez por isso a visão seja agora mais apurada. E o que vê hoje em dia confirma o que previu há muitos anos para esta altura da vida: futuro preocupante, para além de verdadeiramente assustador. O Alemão observa e percebe que a torrente descontrolada da prática da vida humana nestes dias está a arrastar a sociedade para terrenos de consistência muito duvidosa, movediços. Para onde caminha o mundo?  

Uma anormal agitação energiza atualmente o homem na busca do que entende ser, agora, o melhor para si… desprezando totalmente o que já foi o melhor e está na génese da sua própria formação. Será necessário renegar o passado e o que ele significou?  Mas pensar nisso dá muito trabalho!... “Ah! Se o meu povo me tivesse ouvido!”

“O presente é bem melhor do que o passado”, sustenta a maioria. “O passado era melhor do que o presente”, defendem alguns. Magnânimo, um pequeno resto diz: “nem melhor nem pior, apenas diferente”. Ah! pois, diferente!... Lamentavelmente, até nos valores que em qualquer época da vida humana deveriam permanecer iguais…

“Junto aos rios de Babilónia nos assentamos e choramos, lembrando-nos de Sião”. Uma lágrima de saudade pelos valores perdidos…





segunda-feira, 12 de novembro de 2018




HISTÓRIA Nº. 37



A débacle…



Sensatez, moderação, solidariedade, respeito pelo próximo. Aplicações humanas desprezadas por quem só pressagia glórias para si. Já poucos as usam. Por inutilidade. Diz-se que os valores destes tempos são outros. Estultos e egoísticos suportes sustentam ambições cegas, por isso desmedidas, e cuja bondade justificam como sendo o conforto de realizações pessoais. Das suas. Justas glórias, apregoam. E que uma vez alcançadas alavancam outras, e outras, e outras, a ponto destas se prejudicarem entre si no prazer pessoal que libertam. O desaproveitamento da fartura!... O açambarcamento de glórias ou alegrias não permitidas a outros que, a seu juízo, não as saberiam valorizar!... Uma espécie de “cada um é para o que nasce”, sentenciam.


Alguém disse um dia que “os egoístas não sabem conversar; só falam de si próprios”. Em todas as áreas da vida, lamentavelmente. O mundo transformou-se num imenso palco onde desfilam sempre os mesmos atores, debitando repetidamente os mesmos discursos. A turba que assiste é o eterno figurante sem voz, sem força e sem presença…. Apenas com aplauso.


Nos últimos anos, o mundo sofreu uma guinada brusca na sua orientação, tendo mudado notoriamente a sua direção. Desvio que parece perigoso. Para onde vai, o Alemão não sabe, mas desconfia que seja uma direção definitiva e sem possibilidade de retorno. “Está instalado no quotidiano mais básico de qualquer ponto do globo um modelo de vale-tudo cada vez mais acentuado”, escrevia-lhe, há dias, o seu amigo Daniel. Melhor explicação?!...


A desumanização anda por aí!...