HISTÓRIA Nº. 101
Tristeza!...
"O olhar indiferente é um perpétuo adeus" - Malcolm Chazal
Não será agora, depois de velho, que
mergulhará no desconhecido em busca de explicações para os mais recentes censuráveis
e preocupantes comportamentos da sociedade a todos os níveis. A idade já não
lho permite, naturalmente, aliás, a idade desaconselha-o. Lá atrás no tempo, ainda
se esforçou por perceber razões que, sem razão, justificaram tantos desmandos. Não
conseguiu nunca grandes resultados. Hoje, muito limitado na sua paciência, apenas
observa através da janela que tem virada para a vida, de forma quase
indiferente, o mundo que já não lhe diz nada…
O Alemão, que tem andado muito
calado, achou dever fazer hoje prova de vida perante os seus amigos-leitores. Aos
poucos que lhe restam!... É que, “talvez o amanhã não exista, o amanhã é só
uma palavra que inventamos para não dizer Adeus”, segundo Jaqueline Teles, expressão
que subscreve. Passou a centena de “fanecas” que guarda religiosamente
numa enorme canastra onde, milagrosamente, as mantém bem “vivinhas”.
Pena que nem todos que por elas passaram os olhos as tenham compreendido
totalmente!
E “de pedacinho em pedacinho,
partimos devagarinho” – citando Doby Augusto. Em fase de plano inclinado
(…), o Alemão sente cada vez mais intensa a nostalgia que brota da
lembrança de outros tempos (já não diz saudade para não entristecer os seus amigos que chamam a estes despretensiosos textos “desabafos” ou “gritos de
alma”) …
“De pedacinho em pedacinho, o mundo
tem levado a nossa alegria.” – O Alemão.